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domingo, 11 de outubro de 2009

Habemos sanctum et prensa*

*Temos um santo e impressoras (latim)

Pouca gente sabe disso mas o fato de imprimir tem muito a ver com religião. E por sua vez todas os credos independente da eclesiástica sabem que imprimir é algo vital para sua religião. A grande maioria dos dogmas estão impressos em algum lugar, para que estes ensinamentos sejam repassados de geração em geração, seja em tomos como a bíblia e o torá ou em tópicos como as tabuletas do velho testamento.

Pegarei o catolicismo por exemplo, aproveitando a vinda do papa Bento XVI ao Brasil e conseqüentemente a Canonização de Antonio de Sant’Ana Galvão; o Santo Frei Galvão, primeiro santo brasileiro.

Para que alguém seja considerado Santo, são necessárias diversas etapas que são duramente pesquisadas e analisadas através de documentos impressos. A primeira destas etapas é a autorização por escrito de um bispo para começar a investigar as virtudes do candidato à santo.

Esta investigação não pode começar antes de 5 anos da morte desta pessoa, mas o Papa pode interceder e anular temporariamente esta regra como foi feito por exemplo para Madre Tereza de Calcutá e para o ex-papa Carol Wojtila (João Paulo II).

Depois que certa quantidade de informações são recolhidas, o candidato à santo recebe o título de “Servo Divino”. E o processo é transferido à Cúria Romana onde um postulador é encarregado de pesquisar a vida desta pessoa. Quando novas informações são reunidas, a congregação recomenda ao papa fazer uma proclamação das virtudes heróicas do Servo Divino que recebe o posto de “Venerável”.

Um Venerável não tem um dia no calendário, mas podem ser impressos santinhos ou qualquer tipo de material para encorajar os fiéis a rezarem para o Venerável interceder por seus devotos com um milagre. Se o Venerável for um Mártir, o Papa escreve uma declaração de martírio, que habilita o Venerável a ser beatificado.

No caso do Santo Frei Galvão, e de qualquer outro Venerável não mártir, é preciso provar que um milagre foi feito por interceção desta. Se for provado o Venerável passa para o posto de “Abençoado” e para virar Santo é necessário que se prove mais um milagre.

Geralmente curas milagrosas são as razões mais comuns para Santificar alguém, porém é necessário o reconhecimento documentado de vários médicos, reconhecendo que a pessoa estava realmente mal e que a cura e a recuperação milagrosa do paciente não pode ser explicada logicamente pela ciência médica.

Com ambos os milagres documentados o candidato recebe o título de Santo, um dia oficial no calendário e pode ser venerado em qualquer parte do mundo. Tudo isso graças a documentação no papel de seus feitos e autorizações por escrito analisadas à exaustão.

Originalmente postado Segunda, 14 de Maio de 2007 às 09:32 no blog SupritecNews

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