Esta semana tive a felicidade de ir a São Paulo e me deparei com a FNAC linda e maravilhosa que eu só conhecia por nome e entrei, eu e e o meu irmão. Dentro daquele mundo maravilhoso com paredes enfeitadas com grossas camadas de papel, eu vi muitos livros interessantes (o que era de se esperar) e até li alguns de boa. Mas o que mais me chamou atnção foi dentro da Seção Ciências Humanas.
Passando por lá eu vi os velhos livros de sempre, psicologia, comportamentos e tal e daqui a pouco meus olhos me chamam para uma capa com as garras do Wolverine. Penso que alguém deve ter deixado lá errado. Me engano. O título era "A filosofia por trás dos X-men". Ok.
Mais duas olhadas e lá está. "Watchman e a Filosofia". Meu instinto não me engana e eu me vejo rodeado de livros m que praticamente todos os títulos possíveis e inimagináveis de histórias em quadrinhos e livros de ficção entram em Crossover com a bendita Filosofia.
Por um momento meu ID categorizou que filosofia deveria ser algum grupo de super heróis novo ou algum ser muito fodástico que está brigando com todos os universos fantásticos possíveis pois de Harry Potter a Shrek todos estavam diretamente cruzando com a dita filosofia. Felizmente meu Superego já chegou entrando na voadora com os dóis pés no peito, de calcanhar elevado sem direito a teste de reflexos.
Eu amo filosofia. Mas eu amo a fantasia também, seus cenários, suas histórias e tudo isso e pegando alguns desses livros em mãos muito eu me perguntei do porque de tudo isso. Talvez os filósofos realmente só possam ganhar algum dinheiro fazendo crossovers como esses afinal de contas, quando nós temos um encontro de granes super-heróis, as coisas vendem. Mas existem crossovers que realmente não deveriam existir vide DC Vs Mortal Kombat.
Tudo o que tinha ali era praticamente um sumário, algo que pode ser encontrado nas páginas da wikipedia ou melhor, direto na fonte, nos quadrinhos ou filmes ou graphic novels ou raios que seja que a filosofia esteja inserida. Me senti lendo um imenso compêndio "spoiler" (estraga-prazeres) dessas belas sagas.
Quem lê um livro desses pode até entender o que está por trás da razão de ser do que é ser um X-man, mas não sente na pele o que é sofrer um Massacre de Mutantes, ou sobreviver a uma Crise nas Infinitas Terras enfrentar um Amálgama. Nem ter no seu universo um milhão ou mais de universos paralelos como a Terra-1025, ter um Universo Bizzarro ver a criação ou destruição dos mesmos através de Zero Hora, 52, entender como é viver como um Spawn, caçar rubis da virtude em Arton e tantas e tantas tramas que cada uma delas explica de modo muito mais sincero e gostoso essa tal filosofia.
Derrepente eu entendi como um livro não pode estragar um filme, mas pode estragar com certeza a força de um outro livro ou no caso histórias em quadrinhos. É como se a filosofia fosse ali a vilã, a pedra que estraçalha a vidraça por trás de toda a realidade espelhada por essas obras de arte. Quando na verdade amar a sabedoria é o mais importante. O que deveria estar ali naqueles livros não é o resumo, mas sim dicas de como chegar nesses assuntos tipo: Dualidade: Leia Batman. E Assim por diante.
Mas como eu disse eu sou fã de filosofia, e acredito fielmente que um livro desses não substitui em nada a sensação de esperar semanas para ver continuação daquela série, ou saga preferida apesar dela tirar muito da graça, é mais como ler a sinopse de um filme que entrega o final.
As vezes como disse Freud: "Um charuto às vezes é apenas um charuto". Filosofia, às vezes deveria apenas ser filosofia, e nada mais. Para os autores que escrevem nesse genêro deixo a dica, roteirizem para qualquer meio um crossover de Platão Vs Descartes. Ou quadrinizar o clássico dos embates como Sartre Vs Albert Camus. Juro que quando voltar a FNAC estarei procurando por eles.
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