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segunda-feira, 17 de maio de 2010

A Jóia da VIVARHA

Eu confesso que respondo aos testes do Vagas.com apenas por diversão. Saca tipo um quiz? Show do Milhão? Minha descrença nesse tipo de serviço gratuíto é notório e conhecido de vocês. Se você quer um emprego, seja indicado ou pague pra alguém bater na porta dos outros por você. Enfim.

Estava eu respondendo um desses "quizes" quando comecei a responder o da VIVARA, Ok. Derrepente um dos requisitos obrigatórios era o Nome do Pai, o Nome da Mãe, o RG e nome completo de quem? De mim? Não! Da minha NAMORADA! Velho! Alguém do setor de RH da VIVARA me explica a influência disso na pré-seleção de um candidato?

Confesso que fiquei desconfiado com algum sistema de phisher, derrepente crackearam aquela merda e agora tão querendo roubar dados e tal, mas taquei um F*. Eu e ela estamos cadastrados em tantos sistemas de RH que na verdade meu currículo pode ser "googado" pelo meu CPF se quiser.

Mas isso quer dizer que, se você é um loser que nunca pegou ninguém, um garanhão que não quer saber de namorar, mas come todas, está começando um namoro agora e não sabe nem o nome do sogro e da sogra ou seus RGs (imperdoável!), ou está dando um "tempo" com a tua mina pra pensar a relação ou simplesmente não quer ter sua privacidade ou da pessoa que você ama exposta, já sabe...enfim...


Aquele seu curso de ourives na Grécia? Aquela jóia que vc passou anos estudando pra comprar e dar de presente pros 50 anos de casados dos seus avós? Seu tempo e estudo desenhando, admirando e criando jóias, seja em 3D seja no papel ou real? Ou qualquer estudo relacionado que se encaixaria no perfil da VIVARA? Foda-se. Pra VIVARA isso vale menos que as bijú dentro do kinder ovo.

Fica a dica. A nova tendência do RH é essa. Se você quer um trampo legal esqueça a pós, arrange uma namorada e crie um relacionamento. Se você não tem uma namorada e ela não te der o... RG ... cof, cof ... esqueça.

terça-feira, 11 de maio de 2010

A Karen tinha razão...

E talvez mais perto do que você pensa. Pode até parecer tolo, mas é algo que estava até certo ponto ansioso para escrever e para falar a verdade sempre tive isso comigo, mas pessoalmente porque muito das minha idéias parecem que não merecem ser compartilhadas, mas como o blog é meu e u posso diser o que eu quiser então façam ouvidos a mim mesmo que quem sabe quando mais velho depois de atacado por uma síndrome alemã qualquer, como alzheimer ou parkinson, este documento não me faça esquecer.


Tudo começou na verdade há muito tempo com um episódio de uma série que eu amava na Warner, o nome original desta série é Step by Step e em português eu esqueci o nome, mas era com o Patryck Duff e a maravilhosa Suzanne Summers. No entanto o que me marcou foi a frase da gostosíssima Angela Watson que fazia o papel da gostosa burra e modelo "wanna-be" Karen.

Não me lembro bem, mas era sobre algo que alguém daquela família, acho que a Dana tinha cortado o cabelo bem curto e a perguntaram a Karen por que que ela não cortaria também, ela disse: - Nunca, nos meus cabelos está toda a minha personalidade! Essa frase me marcou.

Na época eu achei engraçado é claro, mas essas pílulas de ignorância pré-fabricada trazem uma verdade escondida que poucos sabem ver. Tanto é que minha filósofa favorita se chama Sabrina Sato. Refutei a idéia dos cabelos até, a personalidade é algo bem mais complexo que meros cachos ou mechas ou franjas, não é mesmo? Tsc tsc, a verdade é uma só. Nos cabelos estão todos os traços da personalidade.

E digo mais, se olhe no espelho.  Nos cabelos de todas as pessoas estão os traços de suas personalidades. São eles que dizem se você é prático, esportista, metaleiro, emo, mauricinho, chapado de dorgas, sei lá, infinitas variáveis. Isso é tão real que quando os cabelos das mulheres caem elas ficam extremamente preocupadas, mesmo que a calvície feminina seja um problema genético ultra-giga-raro.

Pessoas submetidas à quimioterapia então, nem se fala. Lembro da cena da Carolina Dieckman raspando o cabelo para interpretar o papel da sua personagem e a comoção dela e de milhares de pessoas por isso. Foi televisionado e talz e até marcante. Mas por que se importar tanto com meros pêlos que vão demorar no máximo 1 ano pra voltar ao normal? Tipo não é como perder um braço ou uma perna ou um rim.

Aliás, por que o cancêr faz cair o cabelo ao invés de deixá-los lindos? Por que o cancêr é uma doença maldita que definindo básicamente acontece quando uma célula do seu corpo revolta-se contra seu corpo e decide acabar com você corrompendo as outras células-irmãs. Isto é, uma célula sua, cria personalidade própria e decide rebelar contra você, então o que o cancêr faz? Destrói sua personalidade, isto é, destrói seus cabelos.

Desde muito tempo a Karen estava certa. Hoje eu li o artigo da Claúdia Matarazzo na AT Revista, o título dela é: Mais que o molde do rosto. Eu completo: Os cabelos são o molde da alma. A exteriorização da personalidade de uma pessoa são os cabelos. E mais, mudam-se os cabelos muda-se a personalidade.

O modo de prender, a cor que se pintar, se sujo ou limpo, o penteado a se usar, o comprimento, o volume, acessórios, enfim, tudo. Mulheres vão ao cabelereiro para sentir-se mais confiantes não é mesmo? Os homens mais confiantes fazem suas barbas com um barbeiro de confiança. Punks e sovinas como eu decidem cortar seus próprios cabelos. Falando por mim, minha personalidade altera-se severamente com cortes de cabelo.

Sei que quando estou confiante a coisa que eu mais gosto de fazer é raspar a cabeça na máquina. Geralmente uso a máquina 2, pois bate perfeito. Fico com um rosto mais limpo, destaca-se os olhos, me vejo um predador, um guerreiro, soldado, lutador. E as pessoas comentam isso também. Todas as vezes que decidi ir por caminhos novos ou precisei me aventurar em algo sem ter receio, meu cabelo estava assim.

Se preciso demonstrar elegância, refinamento, classe, nada me deixa mais confiante que meus cabelos mais compridos idealmente entre 3 a 6 meses molhados e penteados para trás. Sempre conquistei muito mais de mim mesmo e dos outros. Se o cabelo não deixa, uma barba aparada, mas ainda por fazer dão conta do recado. Com esse tipo de cabelo, muda a minha atitude.

Lembro que quando fiz as tranças enraizadas muitos me criticaram, mas foi a época que eu me senti mais atitude, feliz comigo mesmo. Era algo inovador. Pouca gente teria coragem de fazer e minha professora de Cultura brasileira (Beatriz Rota Rossi) que era a primeira a criticar, e ainda é, tudo o que é feio, me fez um elogio. Pessoas que eu não conhecia me paravam na rua para dizer como meu cabelo estava legal, onde foi que eu fiz e talz. Eu chamava a atenção e mantinha algo que eu gostava.

No navio eu tive a chance de praticar muito essas fisiologias capilares. Italianos com suas costeletas até a altura do lóbulo. Hondurenhos com cabelos raspados do lado e grandes em cima, Indonésios e seus moicanos comportados, Indianos e seus bigodes e etc. O mundo estava acessível e eu absorvi todas essas culturas.

De tempos em tempos eu propositalmente deixava um costeleta maior, o cabelo mais curto, a barba por fazer, cavanhaque. Eu era um coringa e assim era minha personalidade. Eu nunca era o mesmo e isso me lembrava a época do teatro onde eu era e podia ser quem eu escolhesse ser. Eu tinha sobre meu controle múltiplas personalidades. Tudo isso por que eu sabia manipular, por íncrível que pareça, meus pêlos.

Ainda hoje é assim. E digo mais! Quando estou feliz com meu corpo, antes de ir a praia eu dou uma aparada legal nos pêlos. TODOS eles. Geralmente uso a máquina 1 que deixa uma penugem curta, mas ainda mole. A Zero já testei várias vezes, mas dá problemas nas dobras, lugares sensíveis e machucam quando voltam a crescer raspando a pele. Correndo na praia cara eu sou o David Hasselhoff na abertura do Baywatch.

Por tanto é díficl 2 fotos minhas em momentos diferentes que eu esteja parecido e atualmente estou com um cabelo novo que nunca usei. Tipo os dos indonésios e seus moicanos, só que meu cabelo não está tão grande. Juro que me sinto diferente de quando estou com o cabelo raspado ou só mais longo.

Meu próximo passo, desejo antigo, é descolorir o cabelo, ficar loiro quem sabe. Todos que escutam essa idéia mais uma vez reclamam, desaprovam, acham idiotice minha, non-sense, coisa de criança ou louco. Escutando suas preces por vezes dou razão à eles, mas no fundo sinto que eles tem muito medo de não saber com esse cabelo qual vai ser minha nova personalidade.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Reflexões sobre a não existência

Esta semana que passou eu tive a oportunidade de ir a uma palestra na Esamc de Santos que discutia sobre o que é a morte na terceira idade. Foi uma palestra bem profunda com um professor formado em filosofia e mestre em alguma coisa que eu não me lembro, isto não é importante, o importante é que ele tocou em um ponto bastante interessante que nós passamos a pensar bem pouco que é na nossa morte ou na nossa não existência. Apesar da palestra ter sido até longa deixarei aqui só minhas impressões pessoais sobre o tema.

Nunca tinha conseguido definir tão bem o que era  morte até então. Entretanto esta palestra me fez abrir os olhos sobre o que talvez seja o nosso destino certeiro e final. E digo talvez por que como qualquer ser vivente e cego pelo otimismo, me nego a aceitar que depois da vida, que é o momento no espaço que tudo existe, não possa haver simplesmente uma não-vida que é o que definimos como morte. Mas é o que parece ser o mais real.

Apesar de ser assustador é interessante pensar na não-existência. Todos nós pensamos nela alguma vez em diversos momentos, quando adolescentes pensamos: " E se eu nunca tivesse existido?" quando adultos pensamos: "E se eu nunca tivesse feito?" para na velhisse pensar: "E se eu nunca tivesse aprendido?".

O que eu irei deixar para os outros quando eu não-existir mais ou melhor, o que eu já deixo para os outros quando eu não existo na vida delas? Quantas serão as pessoas que lembram de mim quano não estou com elas? Em que situações elas se espelham em minhas passagens ou se identificam comigo? Quantas vezes isso acontece? Quando acontece e por quem acontece, são perguntas que eu gostaria mesmo de saber.

Qual está sendo o meu legado? Ouvi uma história nesta palestra que nada mais é que metáforas da vida e da morte. Uma pantera negra enorme é pega pela rabo e levada para trás. A pantera como todo grande felino se nega a ter a liberdade tirada e finca as garras no solo para parar este destino. Entretanto a força que a puxa é mais forte do que ela e mesmo retardando sua ida ela será arrastada. Quando ela se for o que ficam são as marcas de suas garras no caminho e isso é a vida.

A pantera somos nós, a terra é a nossa vida, as marcas são o que nós fizemos dela e a força que nos puxa é o tempo. Um velho ou uma velha sabem que logo logo não terão mais vida e portanto se esforçam para passar aos mais novos a releitura de suas vidas através das marcas do tempo. O jovem sabe que haverá um amanhã e não se importa com isso.

Hoje eu releio minha vida profissional como um velho lê sua vida. A cada dia que passa eu sinto a não existência de algo concreto ser cada vez mais vívida e tendo desesperadamente através de blogs, twitteres, facebooks, orkuts, linkedins e recadastro de vagas de emprego reler e passar adiante tudo o que já fiz, na esperança de que alguém veja e reconheça meu legado e me aproveite na esperança de reconhecer que eu tenha sido útil. Que meu caminho até aqui não foi em vão e que eu possa ainda fazer muito mais. Que o que eu fiz foi e eu ainda posso ser especial.

Mas assim como o velho que eu também me vejo sem alternativas. Todos os dias eu vejo meus amigos não-existirem mais nessa situação que estou. Um velho vê seus amigos morrerem um a um e cada vez mais ficam sozinhos, eu vejo meus amigos conseguirem conquistar seus sonhos, se formarem tendo empregos fixos de 3,4,5 mil reais por mês e eu continuo aqui. Vivendo como um estágiário, sem saber se sinto inveja dos que morrem ou me agarro no pouco do que ainda tenho de vida.

A morte como vocês vêem, é eficaz. No sentimento de vazio, de não-existir é que podemos refletir realmente o que queremos e podemos ser se nos fosse dado xyz oportunidades. Devíamos viver mais pensando e agindo pensando na nossa não vida. Fazer aquilo que nos deixa felizes e repartilhar essas idéias como os outros.

E é por isso mais uma vez que escrevo, para que o mundo veja que eu posso escrever tão bem, mas que hoje escrevo de mim pois ainda não há ninguém que diga o quanto os faço feliz. Li o artigo do Cassione em que ele diz que uma leitora agradece seus artigos e mudou de idéia sobre ele, ela diz que hoje vai com a cara dele e ele escreve que ele a engana, que ele a ilude fazendo a acreditar em algo que nem ele mesmo acredita que é que ele seja uma boa pessoa. Mentira. Falsa modéstia.

O que eu faço aqui a escrever é exatemente isso, sem modéstia alguma, eu quero que aqueles que me leiam aqueles que vejam minhas idéias discordem ou concordem mas pelo menos se manifestem a respeito das coisas que eu digo. o Sr. Cassione nunca foi ignorado e ainda hoje não é, mas diz que sim. Eu sou pouco reonhecido, hoje sou ignorado, mas não finjo que não sou. E fico indignado com esta espécie de atitude por que eu não poderia fingir e me sentir pleno a saber que ao passar pela minha estrada, ninguém tenha visto as marcas que eu fiz pela terra. Eu me nego a aceitar que ninguém veja o que eufiz ou o que eu sou. Isso eu não posso deixar acontecer e é por isso que eu penso, escrevo e espero que alguém venha comentar. Desesperadamente. Pois isso prova que eu existo, que eu sou.

terça-feira, 23 de março de 2010

Medo do Y - parte 2

Na segunda fase fomos avisados que deveríamos vir mais bem vestidos, isto é, vestir um terno em pleno calor de 35º de Santos. Ok. Mesmo lugar mesma hora e mesma dinâmica mas dessa vez com o gestor da plataforma comercial assistindo. Algumas diferenças pontuais entretanto.

Agora tinha de ser um produto e o tema era a Copa do Mundo de 2014. O produto tinha que ter as características do banco, isto é, inovador, tecnológico, sólido e com um diferencial competitivo. De cara eu tive a sacada perfeita e minha idéia foi de longe, a melhor idéia dada, eu inventei o que eu mais gosto, um jogo que na verdade era um aplicativo para iPhone sobre a Copa do Mundo e suas curiosidades. Um tipo de guru eletrônico onde você pensa o nome de um estádio, jogador, ou lugar da copa do mundo e com uma série de perguntas ele te dá a resposta.

Como a atividade agora era individual, me saí muito bem, mas pelo fato de ser individual, mas pelo fato de ter sido a melhor idéia mesmo. Encaixava com todos os requisitos necessários e pedidos. O sistema era o mesmo, dos produtos escolhiam-se 5 depois 3 e depois 1. O meu já digo não foi o nº 1. O que ficou foi a TV 3D, mas ela só foi escolhida por causa da minha defesa da TV em que todos do grupo entraram em consenso. Ali naquele moneto naquela discussão eu liderei e encaminhei todos para um objetivo comum, mesmo o meu produto não tendo sido o escolhido.

Me senti orgulhoso e eu sentia que tanto a entrevistadora quanto o gestor ficaram bem impressionados com a minha atuação positiva. Nesta segunda entrevista eu desenvolvi muito bem e me senti naqueles dias no navio em que tudo dava certo e no final eu ganhava o dia com uma bela e gorda gorjeta!

No fim todos se apresentaram individualmente mas como pessoas, não como personagens, e na minha apresentação eu contei que tive a oportunidade de ter conhecido 10 países do mundo, que eu escrevi um livro e que sou faixa preta de karatê-do além de um resumo das minhas experiências profissionais nas áreas mais relevantes que condiziam ali na vaga que no caso foi na Supritec.

Passei pra 3ª fase que era a entrevista final com o gestor. E é aí que entra o título do meu post. Me saí bem, perguntaram das minhas experiências anteriores, meus medos, meus sucessos, como eu poderia contribuir com a empresa e tal e respondi tudo com uma serenidade e verdade que só eu sei. Eu vi nos olhos deles que eles se interessaram por mim, eu vi nas expressões corporais que aquela vaga era pra mim e eu vi também que eu não ia ser chamado. Mas eu tinha esperanças.

Eu só queria saber porque este banco que tem nos seus valores 4 pilares principais que é são a humanidade, ética e respeito às leis, progresso e objetividade não me contratou. Eu aprendi muito a respeitar o seres humanos com a vivência direta e intensa no navio, todos que já tiveram comigo me conhecem como uma pessoa íntegra e ética seja no trabalho, seja pessoalmente, todas as etapas da minha vida até agora tem sido progressivas ou seja eu nunca retroagi em nada e apesar da ansiedade que me atrapalha eu sou uma pessoa bem objetiva.

E antes que vocês perguntem, sim, eu deixei isso bem claro, nas etapas das dinâmicas e mais ainda na entrevista com o gestor e a agência de RH. Não que meu currículo seja impecável, mas sejamos sinceros, é difícil me ignorar. Eu já escrevi um livro de cunho social premiado nacionalmente, eu tenho experiência profissional internacional, eu domino 2 línguas, falo 4 e consigo me comunicar basicamente em 11 (10 +1 dialeto local), estou dentro das minorias sociais que concluíram um ensino superior com mais de 98% de aproveitamento, sou um atleta de alta perfomance (8 anos de karatê - faixa-preta + 11 de natação - participei de campeonatos regionais, paulistas e seletivas para brasileiros).

Tenho domínio do uso da internet como ferramenta de comunicação social. Aliás antes de muita gente ter blog eu já tinha há milênios! Orkut? Facebook? Twitter? LastFM? Skype? Myspace? Spaces? Newgrounds? BlueBus? Acompanho todos desde os primórdios. Porra que mais falta? Assusta tanto assim ter alguém da geração Y no seu quadro de trabalhos? Já repararam que ninguém de RH numa empresa tem a minha idade ou menos?

Eu leio Terabytes de artigos de empregabilidade, RH, psicologia e administração e todos os articulistas tem medo ou não sabem lidar com a minha geração, a geração Y. Muitos preferem ter em seus quadros profissionais de uma geração anterior. Um Downgrade ao invés de um upgrade. Me pergunto então onde está a inovação neste pensamento, onde estão de verdade os valores que as empresas sempre esperam de um profissional no mercado.

Fico cada vez mais decepcionado com este tipo de tratamento, e cada vez mais me vejo indo num sub-emprego no exterior para ganhar a mesma coisa que eu ganharia aqui. Só que sem passar por esse tipo de humilhação (passaria por putras certeza), mas muito me incomoda saber que eu tenho boa parte dos pré-requisitos necessários e ainda assim receber este maldito e-mail de "Obrigado pela participação".

Medo do Y - parte 1

Hoje recebi o infeliz e-mail que todo candidato a uma vaga odeia receber. "Agradecemos o seu interesse em fazer parte de nosso time do Programa "Nome da empresa aqui". Neste momento não foi possível seu aproveitamento para esta oportunidade. Obrigado pelo interesse e disponibilidade em participar do processo seletivo. Manteremos seu currículo em nosso banco de talentos para futuras oportunidades."

Este processo em especial era para Gerente Comercial de um grande Banco, um dos maiores do Brasil e o processo em sí foi bem normal. A triagem foi pelo vagas.com, que confesso pasmei quando soube pois o vagas.com NUNCA desde a faculdade me deu uma entrevista para uma vaga qualquer. O contato foi feito por telefone e agendada a primeira fase da Dinâmica de grupo no Hotel Shopping Parque Balneário, aqui em Santos.

A vaga vim saber depois era para trabalhar aqui na região, somente uma vaga. Na primeira fase apareceram 16 pessoas. 15 no mesmo horário que eu e 1 a tarde a parte. A Dinâmica foi simples, depois de escrevermos nossos nomes em fitas adesivas e colar no peito (Praxe) e responder uma ficha a proposta de dinâmica foi simples.

O 15 formariam um grupo e com um financiamento de 100 mil reais tinham que inventar um produto/serviço regional que fosse viável tendo como base os fatos o pré-sal na bacia de Santos. Objetivo da dinâmica era avaliar a adequação do produto/serviço ao tema e individualmente como se trabalha em equipe, lida com opiniões contrárias, se é comunicativo etc etc etc. Apesar da maioria dos andidatos ali já serem familiarizados com produtos bancário, minhas idéias foram essênciais para a formulação sólida do plano de negócios e de vendas e promoção onde eu tive destaque.

Segundo passo era escolher um personagem conhecido que tivesse as suas características em 3 minutos e fazer a apresentação deste personagem em 1 minuto no máximo. Essa me pegou porque eu nunca pensei em um personagem que tivesse minhas habilidades e característicase com o pouco tempo que eu tinha não me vieram muitas idéias. Acabei ficando de última hora com o Jonny Quest.  
  
Escolha inusitada frente a frente com "Silvio Santos", "Luciano Huck", "Hebe", "Fátima Bernardes" etc, mas na hora foi o personagem que mais tinha a ver com minhas características. Defendê-lo foi fácil, Jonny Quest ao meu ver é um garoto de 11 anos muito inteligente, ágil e habilidoso que tem como maior característica saber aproveitar os recursos que tem ao seu redor (e não apenas dinheiro) para conseguir sair das dificuldades. Outra coisa que compartilhamos é que Jonny Quest nunca se sente desconfortável diante de novas culturas e aprende com todas elas sabendo aplicar características de um lugar para outra situação diferente.

Por dentro me sentia bem, mas minha entrevistadora me olhou estranho. Surpresa é óbvio, porque defender um desenho é diferente de defender uma pessoa como todos estavam fazendo ali e eu me sai bem, aliás até expliquei que por ser criativo, propositalmente escolhi um desenho ao invés de uma pessoa real. Fui coerente na defesa, mas deu pra sentir que não era o que ela esperava. Me passou Eike Batista na cabeça mas eu não sabia se todos ali conheciam o homem. Lógico que hoje todos o conhecem, mas essa fase foi antes dele aparecer na Forbes como o primeiro bilionário brasuca. Enfim...

Terceira fase foi escolher 5 personagens que iriam ser contratados pelo banco para ser gerentes. Eu mesmo sabia que no contxto o Jonny tinha que cair fora e o grupo deveria escolher quem seriam. Resumindo, depois progressivamente o grupo deveria escolher entre 3 dos 5 e depois só 1. Por consenso acabou ficando o Silvio Santos. E assim acabou a 1ª fase. Passei e fui convocado pra 2ª fase.

Continua...

 

sábado, 20 de fevereiro de 2010

O Axioma da Crise

Faz tempo que eu não escrevo nenhuma teoria mas como hoje me especial eu passei o dia estudando matemática me peguei lendo várias coisas a não ser estudar propriamente dito. Digo, não efetuei nenhuma conta, não fiz nenhum exercício. Tudo o que fiz foi ler.


Pois bem, foi estudando estatística, médias, medianas, desvios padrões e etc (tudo isso teoricamente) me deparei com a matéria que mais me fascina em todos os sentidos e que há tempos eu queria entnder, mas mesmo assim, não consigo que é a Teoria dos Jogos.

Confesso que meu primeio contato om a Teoria dos Jogos há quase 5 anos atrás foi por mera coincidência onde eu achei por acaso na Wikipedia que existia uma teoria matemática com esse nome. E hoje eu fui apresentado a Teoria das Escolhas que também é uma teoria matemática que tenta racionalizar uma coisa tão aleatória que é uma decisão.

De modo geral e se eu não entendi errado, a Teoria dos Jogos está dentro ou é um ramo da Teoria das Escolhas, mas a teoria os jogos ficou bem mais famosa pela aplicação do John Nash na segunda guerra mundial, assim como o "dilema do prisioneiro" (exemplo clássico da aplicação desta teoria) e do filme "Uma Mente Brilhante". Intuitivamente há um tempo atrás eu já havia discutido de maneira bem breve com meu irmão e minha namorada, mas claro que pra mim num sentido bem mais sociológico, as aplicações desta teoria.

Dada a seguinte situação: Um universitário gay e uma adolescente fumante. Todos estes estão em constante conflito interpessoal pois todos eles estão fazendo ou tomando atitudes que são contra os preceitos da sociedade atual, logo estes personagens tem a seguinte escolha. Fazer o que desejam e ir contra a sociedade, podendo sofrer uma retaliação da mesma OU Fazer o que a sociedade deseja e ir contra seus próprios desejos sacrificando-se e sofrendo uma auto-retaliação. Isso é o que eu chamei de Axioma da Crise ou Axioma da Decisão.

Acontece que nestes exemplos o que acontece é o seguinte: Uma pessoa sente vontade de agir (assumir a homossexualidade, fumar, beber) de modo a ir contra a sociedade. Nesta crise, hão as seguintes decisões:

A) Devo fazer o que tenho vontade sem "machucar" ninguém a não ser eu mesmo. Sendo assim escondo isso da sociedade.
B) Devo fazer o que desejo, mesmo sabendo que em determinado momento a sociedade irá saber, ou acabarei contando à sociedade, logo serei julgado.
C) Sacrifico minha vontade. Pois não fazendo o que quero, mesmo que isso me faça mal, me livro do risco das opiniões da sociedade.

A maioria dos seguidores da filosofia "Carpe Diem" sentem-se atraídas pela primeira opção. Mas e se essa ação escolhida for uma ação mais contundente como "Eu quero trair minha namorada"? ou absurda como "Quero saber como é matar alguém"? Vejam que a estrutura da decisão ou crise é exatamente a mesma. Mas acaba gerando uma polêmica imensa dentro deste assunto.

Observei depois de conversar e discutir com diversas pessoas uma pequena equação.

Se o Desejo Pessoal de um indivíduo for inaceitável pela sociedade. O índivíduo tende a se sacrificar a não ser que ele possa sozinho converter esta sociedade ou ignorá-la. Portanto o desejo pessoal depende do tamanho da sociedade opositora a idéia e da real necessidade de inclusão da mesma.

Logo se o Desejo Pessoal de um indívíduo for aceitável parcialmente pela sociedade ou ainda aceita por apenas uma parcela desta sociedade. O índivíduo tende a realizar este desejo, do tanto que ele encontre-se apoiado por esta parcela social positiva e possa ignorar ou converter a parte socieal opositora desta idéia.

Agora sendo este Desejo Pessoal de um indivíduo for totalmente aceito pela sociedade. O índivíduo tende a realizá-lo.

Leia como sociedade, todo e qualquer grupo. Seja de duas pessoas, uma família, uma cidade ou país inteiro. Eu comecei a pensar muito nisso por um objetivo muito pessoal. Se nós pudéssemos nos guiar por esta hipótese, muito provavelmente seríamos capazes de conseguir identificar e realizar melhores escolhas, pois esta fórmula indica quando fizemos decisões "erradas" ou "certas" e saber conscientemente como tomá-las novamente.

Não há regras ou leis que determinem quando se deve transar com alguém, dizer eu te amo ou terminar um namoro, trair alguém, ou começar a fumar ou ainda assumir sua sexualidade. Enfim, não há leis que definam quando você deve escolher, e o que escolher, mas esta hipótese sugere um caminho mais realista menos romântico.

Pois apesar de ser impossível mexer no passado seríamos capazes de fazer melhor escolhas no futuro e assim o certo e errado deixam de ser pontos de vistas abstratos, impostos por algo ou alguém "superior" e transforma-se em uma decisao mais pessoal e objetiva. Tendo como base o centro do seu universo que é você é aos seus olhos e aos olhos da(s) sociedade(s) que você está inserido.

Afinal de contas, escolhas são fáceis ou difíceis, mas nunca insignificantes.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Algumas ligações

Interessante como eu tive contato com formas que permeiam o mesmo assunto. O primeiro contato que eu tive hoje foram há pouco tempo atrás através do meu irmão Caio. Ele estava vendo uma entrevista da com a Dra. Jill Bolte Taylor no programa Millenium da GNT. Ela é uma neuroanatomista que sofreu um AVC severo que comprometeu a funcionalidade de todo o hemisfério esquerdo do seu cérebro. Levou 8 anos para que ela se recuperasse reconectando os hemisférios e hoje ela está perfeitamente normal. Nessa entrevista ela conta como foi essa recuperação.

Os outros dois foram através da Aninha. Dois artigos que os professores dela de ADM passaram pra ela. Um de RH e outro de Marketing. O de RH comenta sobre posições A e jogadores A dentro das empresas em como os investimentos massivos nestes setores da empresa podem aumentar exponencialmente os resultados dentro de uma empresa. O mais interessante é que as posições A dentro de uma empresa não necessáriamnte refletem em Diretoria, Tesouraria e etc. Dependendo da estratégia gerencial de uma empresa, um caixa de supermercado, é uma posição A.

Gostei do artigo mas ao mesmo tempo fiquei preocupado, pois segundo o mesmo, tanto as posições A,B e C e seus jogadores existem e são mensurados através de seus salários, responsabilidades e tal. Talvez eu não tenha conhecimento técnico suficiente mas sei que com essa atitude, o RH tem uma responsabilidade muito maior em identificar fora das posições A, os jogadores A e B.

Eu já vejo uma inclinação clara a respeito da menor chance de pessoas com potencial a serem explorados mas não são absorvidas por estarem em uma posição C apenas. Cada vez mais para cargos não gerenciais são pedidos especializações que pessoalmente podem não fazer sentido. Ainda segundo o artigo a posição C deve ser eliminada, ou no mínimo terceirizada para a redução de custos da empresa, enquanto a posição B e seus jogadores articulam como apoio direto às posições A e seus jogadores. Os jogadores B em posição A devem ser incentivados a se tornarem jogadores A.

Na aula de conatbilidade da Aninha fui reapresentado ao cálculo de médias - aritimética, ponderada, geométrica e harmônica - e mais uma vez uma ponte se fez entre exatas e humanas. Todas as médias se aplicam perfeitamente nestas ocasiões. Seja de recuperação, seja de avanço. Então, agora excitado com a minha redescoberta, vou começar a estudar matemática novamente. Sim, por diversão. Quem sabe eu não consiga religar estas conexões que me faltam e ajudem a recuperar meu lugar no mercado que eu quero.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Crossover da Filosofia


Esta semana tive a felicidade de ir a São Paulo e me deparei com a FNAC linda e maravilhosa que eu só conhecia por nome e entrei, eu e e o meu irmão. Dentro daquele mundo maravilhoso com paredes enfeitadas com grossas camadas de papel, eu vi muitos livros interessantes (o que era de se esperar) e até li alguns de boa. Mas o que mais me chamou atnção foi dentro da Seção Ciências Humanas.

Passando por lá eu vi os velhos livros de sempre, psicologia, comportamentos e tal e daqui a pouco meus olhos me chamam para uma capa com as garras do Wolverine. Penso que alguém deve ter deixado lá errado. Me engano. O título era "A filosofia por trás dos X-men". Ok.

Mais duas olhadas e lá está. "Watchman e a Filosofia". Meu instinto não me engana e eu me vejo rodeado de livros m que praticamente todos os títulos possíveis e inimagináveis de histórias em quadrinhos e livros de ficção entram em Crossover com a bendita Filosofia.

Por um momento meu ID categorizou que filosofia deveria ser algum grupo de super heróis novo ou algum ser muito fodástico que está brigando com todos os universos fantásticos possíveis pois de Harry Potter a Shrek todos estavam diretamente cruzando com a dita filosofia. Felizmente meu Superego já chegou entrando na voadora com os dóis pés no peito, de calcanhar elevado sem direito a teste de reflexos.

Eu amo filosofia. Mas eu amo a fantasia também, seus cenários, suas histórias e tudo isso e pegando alguns desses livros em mãos muito eu me perguntei do porque de tudo isso. Talvez os filósofos realmente só possam ganhar algum dinheiro fazendo crossovers como esses afinal de contas, quando nós temos um encontro de granes super-heróis, as coisas vendem. Mas existem crossovers que realmente não deveriam existir vide DC Vs Mortal Kombat.

Tudo o que tinha ali era praticamente um sumário, algo que pode ser encontrado nas páginas da wikipedia ou melhor, direto na fonte, nos quadrinhos ou filmes ou graphic novels ou raios que seja que a filosofia esteja inserida. Me senti lendo um imenso compêndio "spoiler" (estraga-prazeres) dessas belas sagas.

Quem lê um livro desses pode até entender o que está por trás da razão de ser do que é ser um X-man, mas não sente na pele o que é sofrer um Massacre de Mutantes, ou sobreviver a uma Crise nas Infinitas Terras enfrentar um Amálgama. Nem ter no seu universo um milhão ou mais de universos paralelos como a Terra-1025, ter um Universo Bizzarro ver a criação ou destruição dos mesmos através de Zero Hora, 52, entender como é viver como um Spawn, caçar rubis da virtude em Arton e tantas e tantas tramas que cada uma delas explica de modo muito mais sincero e gostoso essa tal filosofia.

Derrepente eu entendi como um livro não pode estragar um filme, mas pode estragar com certeza a força de um outro livro ou no caso histórias em quadrinhos. É como se a filosofia fosse ali a vilã, a pedra que estraçalha a vidraça por trás de toda a realidade espelhada por essas obras de arte. Quando na verdade amar a sabedoria é o mais importante. O que deveria estar ali naqueles livros não é o resumo, mas sim dicas de como chegar nesses assuntos tipo: Dualidade: Leia Batman. E Assim por diante.

Mas como eu disse eu sou fã de filosofia, e acredito fielmente que um livro desses não substitui em nada a sensação de esperar semanas para ver  continuação daquela série, ou saga preferida apesar dela tirar muito da graça, é mais como ler a sinopse de um filme que entrega o final.

As vezes como disse Freud: "Um charuto às vezes é apenas um charuto". Filosofia, às vezes deveria apenas ser filosofia, e nada mais. Para os autores que escrevem nesse genêro deixo a dica, roteirizem para qualquer meio um crossover de Platão Vs Descartes. Ou quadrinizar o clássico dos embates como Sartre Vs Albert Camus. Juro que quando voltar a FNAC estarei procurando por eles.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Mudança de Dígitos


Toda vez que o ano vira eu imagino na minha mente um contador, tipo aqueles digitais de plaquinha fazendo aquela virada. este ano não foi diferente, mas precisei fechar os olhos pra isso acontecer. Não porque não poderia imaginar, mas porque 2009 foi um ano especialmente bom e intrigante para mim, muito descobri de mim, muito descobri do mundo e no fundo desejo que 2010 seja tão excitante quanto 2009 foi para mim.

Mais uma vez felizmente estou aqui reunido com toda minha família, num lugar conhecido, na mesma rotina mas sabendo o que está acontecendo e sabendo o que estaria acontecendo fora daqui. Não fiz muitas promessas e não prometi nada superlativo para mim neste começo de ano. Só desejei uma coisa que me falta muito, iniciativa para ação.

Eu gostaria que 2010 fosse o ano em que eu pudesse parar um pouco de imaginar, sonhar, iludir e fantasiar e pudesse converter tudo isso em ação corrida e initerrupta. Eu gostaria muito que isso acontecesse e eu gostaria, se é que se pode sugerir isso para as forças que regem este universo tão infinito de físicas além da compreensão, que eu pudesse me mover sozinho, sem a ajuda de ninguém. Que eu tivesse sabedoria, força e disernimento para enxergar as oportunidades e aproveitá-las tomando a iniciativa sem medo de errar, assim como os movimentos de xadrez.

É isso que eu desejo para mim. Para vocês eu desejo o que o coração de vocês desejar, o que apesar de parecer simples, acredite se quiser, é o mais difícil de se desejar pois é o mais difícil de identificar.

A vocês todos, amigos, família, clientes e parceiros,

Feliz 2010!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Escola de Zumbis


Estive pensando muito depois que eu estive na festa da Raquel, mina do meu irmão, lá estava ela fazendo 16 anos, e eu, um dia antes, tinha feito 24. Retrocedi no tempo ouvindo todas aquelas conversas de escola, onde eu estava com 16 anos? Quais eram minhas dúvidas? O que eu queria? Ouvi muito sobre vestibular, sobre o despertar do desejo ou da vida sexual de alguns, sobre tudo sobre o nada, mas principalmente ali havia muitas dúvidas, toneladas de dúvidas.

Eu tive e tenho ainda muitas dúvidas. O que responder para o seu filho(a) quando ele vira e te pergunta: "Pra que serve a escola pai?" ou "P/q eu tenho que ir pra escola?" ou ainda "Eu odeio (insira sua matéria aqui) p/q eu tenho que estudar isso? Difícil obter uma resposta.

O pior então é tentar figurar um futuro quando a pergunta se inverte. "Filho(a) o que você vai ser quando crescer?" Esperar uma resposta séria e convicta aos 17, 18 anos, com uma tonelada de dúvidas na cabeça e uma decisão enorme por vir é infeliz. A pergunta é a mais covarde e desleal que poderia existir.

Não sou eu quem digo. Pergunte para qualquer um em fase de pré-vestibular, final de 2º e começo de 3º ano colegial. Eu apenas ainda lembro da sensação da obrigação de ter que acertar uma mosca voando um único tiro dado escuro enquanto minha cabeça roda.

O que você respondeu? O que você ouviu? Eu ouvi que eu precisava ir para a escola por diversos motivos, mas nenhum deles foi pra que creio servir realmente a escola. Me disseram que eu deveria estudar as matérias para ser alguém na vida, eu tinha que tirar 10 em tudo porque pessoas inteligentes conseguem ter um bom emprego. No fundo tudo o que eu recebia era ter um "porque sim" maquiado como resposta. E eu aprendi na TV, no Castelo Rá-Tim-Bum, um programa realmente educativo que "porque sim", definitivamente não é resposta.

Discuti sobre educação esses dias com meus amigos. Um sentimento que tive enquanto passeava pelos terrenos limítrofes do meu consciente. Concluí que eu nada aprendi na escola. Aliás aprendi, aprendi que a escola pra nada serve se você não sabe explicar o por que de estar ali, por que se deve estudar.

Hoje tenho certeza que a escola deveria ter me ensinado o que elanão me ensinou mas cobrava. A escola deveria ter me ensinado a viver. Matemática, Português, Química, Literatura, Física, Redação, Biologia, Artes, História, Geografia, Estudos Sociais. Ferramentas maravilhosas que foram jogadas no lixo. Tudo isso inútil porque não havia contexto. Não havia sentido. Poucos foram os professores que me deram exemplos reais, da minha vida para ilustrar o porque daquilo que eles estava colocando na lousa. E eram essas aulas que me faziam pensar, que me davam exemplos, que eu mais gostava.

Conversando com dois amigos meus professores eu fiquei muito apreensivo com o futuro da escola, da nossa educação, do círculo de frustração de nossos descedentes. Nunca me explicaram como uma criança que nunca foi na escola consegue se sair tão bem em algumas atividades que eu achava que só quem tinha frequentado uma escola (de preferência particular, onde eu sempre estudei) poderia realizar.

E toda a vez que eu perguntava a resposta era: "Ah, mas ele é diferente, ele tem um dom." O divino sempre foi a saída mais fácil para os ignorantes porque Deus nunca pôde ser contestado. E assim eu fui criado, acreditando em dons. O problema é que chega uma hora em que você quer descobrir qual é o seu dom e ninguém te sabe dizer onde ele está. Mas dizem que ele está dentro de você, mas só você pode descobrir.

Hoje esse tipo de resposta me dá nojo. Não é mais digno dizer que não sabe? Adultos tem a mania de parecerem mais inteligentes e sábios do que realmente são com medo de serem humilhados. Acho que ainda não cheguei nesse ponto mas eu me lembro bem que nas vezes que eu entrava em uma "conversa de adultos", com professores, familiares, profissionais e especialistas da área, com sólidos e  plenos argumentos para sustentar minhas idéias, o que finalizava minha lógica perante os outros era "Você tá na escola ainda, tem muito o que aprender sobre isso" ou "Quantos anos você tem mesmo? Ah, foi o que eu pensei, você é só uma criança".

Esse comportamento só foi sustentado pelo casal de amigos professores meus. Não, eles não dão esse exemplo, mas me confessaram que muitos dos professores, tanto da rede pública, quanto privada do ensino fundamental e médio são incapazes de pensar. Eles simplesmente se afundam na matéria deles que é impossível discutir com um professor de inglês sobre a crise de honduras por exemplo. Muitos nem vão saber o que é, disse minha amiga.

Mas que tipo de sociedade de fachada é essa que nós vivemos afinal? Nos primórdios da escola o valor da vida era ensinado mais corretamente que hoje em dia com milhares e milhares de computadores interplugados. Digo isso por mim. Os gregos antigos tinham suas escolas, seus discípulos eram ensinados a pensar. Peguem na wikipedia um trecho dos ensinamentos de aristóteles para um escravo e veja a qualidade da didática que era aplicada.

Ah mas nós não vivemos antigamente. Não mesmo. Quer algo mais recente? Veja as ideologias da Maria Montessori, Paulo Freire, Jean Piaget, cito até Augusto Boal que ensinava através do teatro. O quanto disso é realmente aplicado? Eu posso dizer que aprendi muito mais fora da escola como por exemplo no teatro, nas artes, na TV, no video-game e nos esportes do que na escola. Minha escola nada mais era do que uma prisão que enclausurava não só minhas idéias como também o corpo sempre enclausurado na postura sentada e atenta, aí de quem levantasse ou dormisse.

Perguntem aos meus amigos de escola quais os melhores trabalhos? Os que mais marcaram? O Giba tem na memória dele um trabalho nosso sobre o Queen que foi apresentado como um musical até hoje. Aquele trabalho me ensinou muito mais do que se imagina em um primeiro momento. A interpretação de "I Want To Break Free" me ensinou inglês, me ajudou a formar idéias sobre a sociedade e o preconceito, sobre o homossexual, sobre liberdade de expressão, sobre a ideologia pseudo-neo-liberal que a sociedade brasileira vive.

Nunca me esquecerei de uma aula de história na 5ª série que foi dada no pátio da escola em um semi-círculo, foi minha primeira experiência "lésbica" pois era assim que se ensinava na Ilha de Lesbos na Grécia, em semi-círculos para que todos pudessem ver e aompanhar. E das aulas de matemática da 3ª e 4ª série que eram dadas não pela professora Maria José, mas sim pelo "Juquinha" a marionete de mão feita por ela. O que impede os professores de fazerem isso?

O que impede que essas "classes" sejam abolidas e as aulas sejam vividas ao invés de ensinadas? O que impede que uma aula criativa seja dada a adolescentes, afinal de contas adolescentes não precisam mais de marionetes, ou de vozes em falsetes para se entreter. Ensinar deveria ser mais fácil.

E a solução não é o extra-classe só, é o método, a linguagem. Eu tive aulas sacais no lugar que eu mais adorava de toda a escola que era o anfiteatro. As aulas de educação sexual então me deixavam extremamente constrangido pois era sempre com um vídeo ridículo feito em 1978 sobre educação sexual. A linguagem defasada e idiotizante era péssima, o "fundão" zoava o filme do começo ao fim e no fim, a única coisa boa do filme é que uma parte era animação e eu viajava em como seria a técnica que fazia aqueles desenhos se movimentarem.

Sobre sexo daquele filme nada aprendi. Aprendi mais sobre sexo vendo novelas das 8h, lendo Cláudia, Nova Cosmopolitan, Capricho, assistindo filmes pornôs escondido e confesando fantasias nos intervalos do colégio. E Não. Playboy não ensina quase nada sobre sexo propriamente dito, ensina mais sobre nudez artística-comercial, política e piadinhas de gosto duvidoso do que qualquer outra coisa.

Eu via e ainda vejo hoje a escola como formadora de jovens zumbis prestadores de vestibulares. Esse pensamento meu é antigo, eu desenhei isso numa sala de aula em 2002 no 3º colegial. A professora viu meu desenho. Me repreendeu, não rasgou meu desenho porque eu não deixei. Nessa época minha escola era um lugar que eu ia sonhando com as férias. Mas isso é o sonho de todos os alunos. Não havia nada atrativo e dos meus amigos que mudaram de colégio eu sentia. Nada tinha mudado. O que é estarrecedor, escola deveria ser um lugar legal, um lugar que dê prazer de conhecer, de estudar, como muitos vêem e fantasiam o que será a faculdade. Porém antes disso, a escola deveria me ensinar a viver.

Viver para escolher melhor que caminho seguir. Se não porque não me colocaram na faculdade direto? Tudo que eu aprendi lá foi tão novo que talvez eu não precisasse da escola além do que eu aprendi na 8ª série. Tudo o que eu preciso até hoje para fazer os meus trabalhos profissionais são tarefas elementares aplicadas de um modo muito mais sofisticado. Mas entendem o meu ponto de vista?


Minhas aulas mais importantes e que eu mais gostava eram as com menos cargas horárias, Literatura, Redação, Artes e Educação Física (ambas só 2 vezes ao mês) infelizmente meus professores tb não estavam aptos para ministrar esses tipos de aula. Eram as únicas aulas em que era permitido desenvolver, exprimir e aplicar minha criatividade, mas não havia guia. Não havia como identificar algum talento meu ou de qualquer um dos meus colegas.

"Ah! Mas você tem facilidade para humanas." Para mim pareceu mais fácil porque a minha realidade era melhor aplicada nessas convivências sociais, mas eu sou um matemático frustrado. Eu amo lógica, eu amo matemática, infelizmnte eu só fui entender estatística, porcentagem e probabilidade no 3º colegial nas minhas aulas de... biologia! Na biologia eu entendi porque isso existia e a importância.

Será que meus professores de matemática não entenderam que aos 16 anos aprender Binômio de Newton não queria dizer nada, mas que se fosse apresentado como uma fórmula matemática para calcular a probabilidade de você ter ficado com uma mina que seu amigo já ficou em determinada festa/classe/bairro/cidade etc seria muito mais interessante?

Penso muitas vezes que mais afortunados no ensino são aqueles com menos condições que viveram para aprender e não pagaram para serem ensinados. Há uma diferença brutal nisso. Esses pelo menos também aprenderam a pensar de um modo diferente. São menos zumbis do que muitos, que nunca aprenderam a se humanizar.

sábado, 31 de outubro de 2009

Do que é a hipocrisia


Não poderia deixar de comentar o episódio ridículo da Barbie de minisaia na faculdade do interior de SP. Não por causa dela e sim por causa do restante dos alunos. Somos hipocritas senhores, somos hipócritas, moralistas, sexistas e o pior discriminamos as pessoas por algo que gostaríamos que acontecesse conosco em nossas vidas.

Quantas fantasias não se tem sobre a mina gata que aparece de minisaia do nada na sala de aula? Ok. Tudo tem hora, tudo tem lugar, mas as atitudes dessas pessoas, desses universitários seduzidos por mensagens publicitárias de juventude, liberdade e muitas vezes meninas gatas, ofenderam, denegriram e abusaram da imagem de uma infeliz que decidiu testar o quanto poderia aparecer de minisaia na faculdade.

Existem milhares de modos diferentes e mais eficientes de se reprimir um comportamento como o dessa moça. Na entrada um segurança poderia alertá-la disso, o professor poderia alertá-la disso. Ela mesma poderia se tocar disso, mas enfim, decidiram pela barbárie. Decidiram pelo pior comportamento possível. Olho por olho, dente por dente.

Digo o seguinte, se eu fosse essa moça eu faria exatamente o que fazem celebridades quando ganha a celebridade instantânea. Cobraria e agendaria entrevistas para os grandes jornais, faria um book fotográfico sensual, lançaria um livro, se tivesse afinidade política me canditaria a algum cargo público.

Deram para essa menina exatamente o que ela queria, só basta saber se ela saberá aproveitar bem e assim mais uma vez prova-se que nesse país, o escândalo é a melhor maneira de se alçar o sucesso. A melhor maneira de conseguir algo melhor na vida é subir em cima da ignorância dos outros. Meus parabéns a essa moça.

Assim como a Sabrina Sato hoje é minha filósofa inspiradora da atualidade. Posso dizer que a Geyse hoje é um exemplo para todos aqueles universitários da Uniban, principalmente os de publicidade e propaganda, de como é fácil alcançar grande massa e público com algo tão banal que é sexo e pior, o quanto isso está na mente das pessoas.
 Porque aliás tive acesso a uma foto do vestido que ela estava vestindo realmente. Quer dizer, fizeram tanto escândalo por causa desse tanto de roupa? Gente que absurdo. Tem baladas crentes que as meninas vão com menos roupa. Que vergonha de vocês seus bárbaros pervertidos.

Crédito da foto Júlia Chequer/R7

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O quanto é importante o QI




Não vou ser repetitivo. Todo mundo sabe que para se conseguir algo novo, melhor ou mais eficiente só existem duas maneiras. A fácil e a difícil. A difícil todo mundo conhece, trabalhe duro, sacrifique seu tempo, persista e faça acontecer lentamente, pedra sobre pedra e quando conseguir comemore. A fácil todo mundo conhece também, mas poucos tem acesso que é ter alguém que você conheça que faça isso por você e quando conseguir, compartilhe.

A história que aconteceu bem perto de mim só ilustra o quando se é importante conquistar e manter os relacionamentos humanos. Uma pessoa que conheço e estimo decidiu comprar uma moto. Trabalhou, ralou, pagou impostos, demorou um tempo para conseguir pagar a moto, mas no final conseguiu. Todo o trabalho valeu a pena. Fez o caminho difícil.

Belo dia, fez como qualquer outra pessoa. Deixou sua moto numa rua movimentada da cidade, perto de faculdades, barzinhos e comércios e foi resolver suas coisas. Não demoraria muito, aliás menos de duas horas. Quando voltou descobiu que sua moto foi roubada. Tecnicamente impossível já que a rua tem bastante gente e existem seguranças particulares das lojas no local, mas ok. Já era. Perdeu boy.

Eis que entramos no clímax. Qual o procedimento que acontece quando se tem um bem roubado? Acionar a polícia correto? Fazer boletim de ocorrência e torcer para que a eficiência da instituição civil e militar e ouso dizer federal em grande parte falida e sem condições ou motivações suficientes de investigar coisas moires, faça algo para você, cidadão recuperar o seu bem, no caso a moto correto? Coisa pequena que não vai pro jornal. Pois bem.

Bem, essa pessoa decidiu não fazer isso. Decidiu ao contrário acionar sua rede de contatos e todos nós temos algum tipo de (des)conhecido que (des)conhece alguém que pertence ao submundo. Tudo sem certezas, mas afinal que certezas a polícia ia dar do mesmo jeito?

Depois de alguns torpedos sms, ligações e comentários com vizinhos, essa pessoa recebeu de um (des)conhecido a notícia que sua moto estava intacta num desmanche clandestino mas ele teria sua suada moto de volta se fosse paga a fiança de X reais. Usando da mesma rede de contatos, algum (des)conhecido foi com a grana e recuperou a moto de volta. Intacta. E isso me levou a uma crise ética e faz pensar.

Eu sou contra a criminalidade, não vejo nada de bom nisso exceto na fantasia onde podemos quebrar as leis de forma seguras e dentro da lei, mas no mundo real, nesse aqui agora, o modo como essa moto foi recuperada é impressionante. Todos sabemos que desmanches não demoram a fazer o serviço e revender as peças, então usando uma forma alternativa, usando uma rede de contatos com pessoas (des)conhecidas e com a mesma certeza de recuperar a moto como se fosse ido a polícia foi possível recuperar a moto de modo muito mais rápido e com menos burocracia. Só que é injusto.

Eu mesmo me questionei se a extorção para recuperar a moto valeria a pena. Mas se pensarmos o que eu, nossa família, amigos e rede de contatos, pagamos de impostos para o Estado, pelo que usamos efetivamente e com os resultados apresentados, acho que dá na mesma. Só que é injusto.

Me pergunto se devemos confiar nesta forma de Estado Paralelo que se forma com a criminalidade. Essa pessoa deveria denunciar essa situação às autoridades? Em um primeiro momento acreditei que sim. Por justiça. Mas e como ficam as pessoas da rede de contatos que ele usou para chegar até ela? E se ele precisar de novo dessas pessoas não por esse motivo mas para algo mais sério? O que o Crime faria com essas pessoas? O que a Polícia faria?  O que as mães, filhos, viuvos e viuvas pedem quando são entrevistados pela TV? Justiça não é mesmo.

A questão ética eu juro que não consegui resolver. Me sinto em dúvida. Eu tenho idéias que ajudariam a resolver a criminalidade sem usar leis e repreensão ilimitada, como a criação de centros comunitários de proteção e uma rede pública de monitoramento das vias públicas pela web.

A única conclusão que eu cheguei até agora com essa história é que eu preciso, cada vez mais, aumentar minha rede de contatos, aumentar o meu QI.

Crédito da foto para http://www.wisdomportal.com

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Sobre processos seletivos





Fora a parte de preencher uma série de dados repetitivos, já que virtualmente meu currículo está nas principais plataformas de RH do país, e bem que poderia haver uma integração desses sistemas, eu adoro responder os campos de opinião destes processos, porque simplesmente nos fazem pensar de modo diferente. Hoje estou fazendo um questionário dentro da área de telecom com as seguintes perguntas:

Na sua opinião, qual a importância da gestão de serviços na estratégia das empresas de Telecomunicações?

Igor Tomaz: Creio que a gestão de serviços tornou-se essencial pois a base das empresas de telecomunicações é a prestação de serviços e não o produto em si. Produtos como celulares, handhelds, palmtops e smartphones são variáveis e na área de telecom acabam tendo um ciclo muito rápido de obsolescência. Serviços por outro lado estão na outra ponta deste pensamento. Se o serviço prestar ao consumidor e às suas necessidades obviamente este se torna o diferencial e fator principal de escolha entre empresas concorrentes.

Que característica você considera essencial para o profissional cujo o foco é o cliente?

Igor Tomaz: Empatia. Colocar-se na situação em que o cliente está e principalmente entender o modo de como esta pessoa se sente em relação a uma situação específica na minha opinião é o essencial. Há pouco tempo tive um problema sério com uma grande marca de eletrônicos. O que não me fez tomar providências legais contra essa marca foi exatamente a forma como fui atendido. Ainda me sinto contrariado, mas é possível perceber que o outro lado está sensibilizado e tomando todas as providências possíveis para me manter como cliente.

Na sua opinião, quais são as dificuldades de um profissional para ser “simples assim”?


Igor Tomaz: Ter senso crítico apurado e conhecimento suficiente para conseguir converter especificações técnicas e termos complexos em uma comunicação que pertença ao mundo em que o cliente esteja familiarizado. Resumindo: Traduzir termos técnicos em soluções práticas. Simples assim.

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Agora uma pequena opinião sobre processos seletivos. Creio que estas ferramentas de RH deveriam ter um sistema de busca ou sei lá que pudesse identificar blogueiros que nem eu e tantos outros que já cansaram de responder determinados assuntos.

Não é o caso desse processo seletivo já que eu achei as perguntas bem inteligentes, mas convenhamos tem cada um que mais parece cilada. Praticamente nenhuma dessas páginas de processo seletivo tem alguma opção de feedback sobre o próprio processo.

Pior que estar procurando emprego é ter de bater de frente com perguntas batidas, sem conteúdo ou que simplesmente não tem nenhum nexo; e não, não me venha falar que Freud, ou a escola behaviourista, humanista, cognitiva ou a que seja explica isso por que não explica; pra mim parece que faltam a alguns profissionais de RH um pouco do que eu disse ali em cima, um pouco de empatia.

Entretanto não posso de dar os meus parabéns àqueles que se esforçam para fazer um processo seletivo decente. Valeu galera e continuem o bom trabalho estudando a alma humana!

credito da foto: gettyimages

domingo, 11 de outubro de 2009

Minha estratégia da Colgate



O mais intrigante de ter estudado publicidade e propaganda é a aplicação de todos os meus conhecimentos em um momento como esse em que estou, ou seja, procurando um novo emprego. É nesse momento em que boa parte da dúvida dos nossos clientes, dos meus clientes são sentidas a finco, na pele.

A publicidade como ferramenta de marketing é um instrumento poderoso simplesmente porque essa arte, a arte publicitária é senão um amálgama, uma fusão de diversas outras artes e campos do conhecimento humano. Por tanto quanto mais acesso você tem a esses materiais, mais chances você tem de sucesso.

Pois bem, usando um exemplo, meus clientes na maiora das vezes em que proponho a criação de alguma inserção na esfera virtual ficam extremamente animados. Os que não tem ainda alguma inserção nesse campo quase aplicam um auto-flagelo quando eu sugiro isso. Sabem que estão a anos-luz dos seus concorrentes.

Paradoxalmente eu mesmo nunca tinha feito um site para mim. Não com o perfil profissional por assim dizer. E não foi por falta de conhecimento, afinal eu tinha feito e trabalhado para vários clientes já nesse aspecto mas talvez mais por uma falta real de confiança escondida na quantificação de resultados dessas ferramentas.

Na realidade os efeitos da publicidade e da propaganda é muito subjetivo. Quantificar click-views, acessos únicos, pageviews, CPM, Ibope, tiragem e etc é relativamente fácil, mas essas métricas são falhas quando se fala na mudança ou tomada de decisão, de opinião ou de conceitos.

Uma análise em mim mesmo me pôs em cheque quanto ao uso eficiente da publicidade. Nessa análise eu encontrei os comerciais da Colgate. Eu nunca levei a sério aqueles dentistas que dizem que usam e recomedam Colgate. Sei lá, parece montagem isso por mais que tenha o número de registro deles lá da ABO. Mas atualmente depois de mais de 5 anos com essa mensagem no ar eu meio que estou começando a acreditar. É eficaz? Hum... sim por assim dizer.

Voltando ao coração do assunto, a maioria dos meus clientes querem soluções imediatistas com o uso da propaganda. Querem que o site ou anúncio ou o que seja faça com que seus clientes entrem em um frenesi compulsivo de compras, invadam seus estabelecimentos e levem tudo dali. Como se fosse uma nuvem de gafanhotos. Well dearings... not so fast...

Quando isso acontece as vezes eu até explodo mentalmente a cabeça da pessoa devido a suposta ignorância desse pessoal com o uso da ferramenta propaganda/publicidade. Mas aí voltando a mim procurando um emprego, o que está por trás dessa campanha de comunicação como a criação do blog e o volume da minha presença na web? Um resultado imediatista! Oh não! Fui infectado!!!

Esse é sentimento que tenho e não deixa de ser uma esperança é claro. Mas isso me leva a crer que a maioria das pessoas que estão com uma grande crise para lidar e mais ainda aquelas que entram em contato com a publicidade pela primeira vez esperam, mesmo não confiando tanto assim, de resultados em publicidade para resolver seus problemas de curtíssimo prazo.

Óbvio isso é um erro. Essa de "Basta anunciar para vender e esperar esfregando as mãos" já acabou a eras atrás, ainda bem, pois aumentou o nível de qualidade dos produtos e serviços, mas a mentalidade das pessoas ainda é a mesma. Então imaginem meu espanto quando descobri que quem diria, eu, que sempre me achei tão "hype" tão "over the edge", por dentro era mais um dinossauro. Não, um fóssil de dinossauro. Praticamente uma Chade...

Bem felizmente isso também me fez enxergar o outro lado da moeda. Em que é melhor tarde do que nunca para trabalhar a publicidade e propaganda como a ferramenta que ela é, e trabalhando direito consegue-se os resultados que queremos. Mas que fique bem claro que quanto antes melhor.

Até porque muitos andam iludidos com essa onda de sucesso instantâneo, 100 milhões de views no youtube em 1 mês e tal não garante nada, são picos, golpes de sorte até para veteranos da comunicação (ou vc acha mkt viral previsível?). O consumidor quer cada vez mais qualidade de informação porque quantidade vem até nós sem esforço. Certa está a Colgate e tantas outras empresas e pessoas que estão mandando ver nas mensagens delas, sem desistir, para construir e reforçar a imagem delas.

Ainda bem que eu acordei a tempo, só espero que eu consiga convencer o mercado mais rápido que a Colgate fez comigo. Não quero que demore 5 anos para conseguir um novo emprego!

crédito da foto por google engine

Como a burocracia pode sufocar talentos

Recebi um e-mail do nosso consultor Marcelo Reis no começo de abril. Faz um tempo mas o assunto é bom de discutir. Trata-se de uma entrevista com o Prof. Gilberto Cavicchioli da ESPM, publicado originalmente no portal E-Learning. O assunto é exatamente este do título.

Primeiro gostaria de posicionar que não acredito na política burocrática como algo ruim. Sou a favor de certos elementos burocráticos como a padronização, divisão do trabalho e promoção por méritos. Eu sou contra é como certas empresas perdem flexibilidade e se fecham em um molde impedindo a originalidade, a criatividade e o principal atender o cliente, não o papel.

Para Gilberto Cavicchioli, dependendo do tamanho da empresa, não existem mecanismos bem desenvolvidos para lidar com elementos humanos talentosos. Nas pequenas empresas, os instrumentos de seleção e contratação são, em sua maioria, ainda muito simples. A preocupação em atrair pessoas talentosas ocupa maior espaço nas companhias de médio para grande porte.

Um dos motivos apontados por que grandes empresas reconhecem melhor colaboradores deste perfil, é que estas possuem estruturas mais modernas e sofisticadas. Mesmo assim, o que ocorre é que nem sempre, ou raramente, os departamentos de RH possuem profissionais preparados para lidar com o elemento humano mais talentoso.

Pequenas empresas, Grandes talentos

Nas pequenas empresas, a proximidade entre as pessoas tem seus atrativos. É realmente mais fácil para este tipo de organização desenvolver pessoas talentosas, pois há maior autonomia, contato com as pessoas que decidem, menos burocracia para a tomada de decisão e poucos níveis hierárquicos. O profissional pode ver suas iniciativas e sua criatividade serem postas em prática com maior rapidez num ambiente como este.

As pequenas empresas conseguem usar isso a favor delas, mas nem sempre de forma consciente. Elas ainda são muito vulneráveis a mudanças de mercado e nem sempre têm uma política bem definida para manter o talentoso em estado de criatividade e desafiado.

Por estas empresas passarem mais frequentemente por necessidades que as obrigam a repensarem sua posição de mercado e financeira com mais freqüência, a distribuição de recompensas, bônus e outras gratificações acabam sendo afetadas. Esse é o grande perigo, pois o lado financeiro em dificuldades geralmente acaba esvaziando as políticas de gestão de pessoas.

Atravessando a Rua - Autonomia Responsável

Cavicchioli ressalta que nem sempre o trabalho muito próximo aos líderes é um elemento de incentivo para o colaborador. O profissional talentoso, que tem habilidades e competências acima da média, costuma trabalhar num regime chamado de autonomia responsável. Ele gosta de receber a delegação de atividades e saber que confiaram nele, na sua capacidade de errar e de se recuperar com eficiência.

Além disso, sentem-se lisonjeados com o aumento da responsabilidade, mas as palavras ‘recompensar’ e ‘responsabilizar’ precisam andar sempre juntas. É preciso saber recompensar de forma que estes indivíduos reconheçam a gratificação como algo atraente. A retenção de pessoas talentosas certamente passa por remunerações individualizadas e variáveis em função do grau de acertos e metas atingidas.

Lidando com potenciais altos

Em parte é verdade que o profissional acaba se cançando de tarefas rotineiras. O grande perigo desta afirmação é confundir desmotivação intensa com perda rápida de interesse. O nome técnico para essa perda de vontade de trabalhar é “Síndrome do Ápice”, que faz seu desempenho cair violentamente.

Neste momento ele sente que domina todos os assuntos e áreas da empresa e esta sensação de domínio cria uma grande insatisfação para o profissional. A principal sensação é a de não ter um rumo e não saber como orientar corretamente sua carreira. Nesta fase, o profissional pode assumir comportamentos prejudiciais à carreira e à empresa.

Cavicchioli reforça que companhias que trabalham com pessoas talentosas devem sempre ter ao alcance a orientação de um profissional de coaching ou mentoring para que identifiquem esse momento na vida do colaborador e o ajudem a reverter a curva de desempenho. Este é um processo que nunca passa longe de uma revisão dos propósitos de vida desse profissional.


O que pessoas talentosas esperam das empresas

Cavicchioli afima que as empresas estudam e sabem muito pouco a respeito da gestão de pessoas talentosas. O profissional talentoso espera e tem motivações diferentes do restante dos trabalhadores comuns. Não é simplesmente a maior remuneração que vai retê-lo na empresa, mas a possibilidade de desafios constantes, de intercâmbio com novas culturas, os desafios fora do ambiente de trabalho e o contato com pessoas com maior potencial que o dele.

Geralmente não gosta do excesso de normas, prefere a liberdade para se trajar, por exemplo. O problema é tratar o profissional talentoso como a grande maioria, porém, não devemos confundir estas pessoas como gênios que se isolam para produzir. Eles apenas têm habilidades, competências, valores éticos e maior facilidade de engajamento que os diferenciam.

Aprimorando talentos

Na maioria das vezes, as empresas não têm como desenvolver um programa em separado para o treinamento ou desenvolvimento apenas de pessoas talentosas. Segundo Cavicchioli, o que pode ser feito é um exercício geral de autoconhecimento, reconhecendo suas próprias deficiências, levantando dados e analisando a situação para descobrir em que nível está a sua gestão e mais: tomar cuidado para não cometer o erro, já de antemão, de classificar quem é talentoso e quem não é. É preciso cuidado e técnica para fazer essa identificação.

Originalmente postado Terça, 10 de Junho de 2008 às 17:55 no blog SupritecNews

Funciona ou Colabora?

Nessas últimas semanas a Supritec tem passado por mudanças significativas. Muitas delas grandes e visíveis e outras detalhes como o desse artigo.

Acredito eu que muito poucos já pararam para pensar na diferença de significado entre esse dois verbos muito usados nas empresas, principalmente depois de passar no teste no setor de Recursos Humanos.

Você por exemplo, dentro da empresa se considera mais como um colaborador, funcionário, tanto faz ou não sabe? Para explicar bem, vamos voltar na raiz desses verbos que atualmente podem se parecer mas que tem diferenças entre eles.

Primeiro vamos ao verbo funcionar que vem do latim functionae e significa na essencia executar trabalhos específicos; estar em exercício; trabalhar; mover-se bem e com regularidade.

Funcionário é então tudo aquilo que funciona. Executa trabalhos bem e regularmente. Temos exemplos ótimos com equipamentos “A máquina está funcionando bem, obrigado.”

Lógico que desgastes ocorrem e acontecem mais com pessoas que funcionam do que com máquinas. O pior desgaste para pessoas funcionais se chama “Acomodação”.

É fácil perceber funcionários. Principalmente os acomodados. Todos eles, homem ou máquina, tem o perfil simples. Funcionários se acomodam fácil, estacionam e ficam fazendo o que sempre fizeram, desde o começo quando foram programados, durante todo o período de vida útil dele.

Para pessoas o tédio é iminente e para ambos, um dia ou outro vão acabar quebrando, sendo substituidos e o pior, ninguém sente falta. Isso porque nada novo acontece, não há picos de excelência ou criatividade, somente o médio, e o funcionário se torna medíocre. (que também vem do latim Medium = Meio).

E o colaborador? Bom, colaborador vem também do latim laborae e significa trabalho. O prefixo “co” significa ajuda. Mas trabalho significa o quê?

De modo geral gosto da definição da física moderna, que trabalho é toda energia transferida pela aplicação de uma força por determinado tempo.

A parte física serve bem para máquinas, para os homens acrescento o pensamento do filósofo grego Hesíodo: “Trabalho é toda ação que faz os homens independentes e afamados. A alma ao desejar riquezas nos leva ao trabalho.”

Colaborador é tudo aquilo que ajuda o processo de trabalho, melhorando, aperfeiçoando e ensinando os outros a colaborar também. A colaboração é dinâmica por isso não há a estagnação e o tédio, assim o desgaste é menor.

Com a melhora da perfomance há cada vez mais soluções criativas e inovadoras, torna-se custoso não ter o colaborador na empresa e assim o colaborador torna-se insubstituível.

Esse é o maior diferencial da Supritec, pois investimos em relacionamento sempre pensando no processo de colaboração.

Moral da história: Tudo que colabora, funciona; mas nem tudo o que funciona colabora.

Originalmente postado Segunda, 3 de Dezembro de 2007 às 08:00 no blog SupritecNews

Cores na velocidade da luz

Me lembro bem que quando ganhei meu primeiro computador aos 10 anos. Junto de toda parafernália tecnológica veio uma DeskJet 500 e pouco C. Ela era uma daquelas gigantes quadradas que quando imprimiam davam medo.

A impressão demorava uma eternidade, a mesa do computador tremia e como se fosse um terremoto derrubava desde porta-lápis até copos que eu esquecia em cima da mesa entre outras coisas. Além disso ela ocupava um espaço considerável, mas era gostoso ver imagens sair no papel.

A primeira coisa que fiz no PC foi abrir o Paint Brush (o único programa que eu sabia mexer na época) e imprimir, foi quase instintivo. E mesmo depois do susto inicial com toda aquele espetáculo, imprimir era super divertido. Eu imprimia de tudo, desenhos abstratos e fotos de CD-Roms interativos.

Tudo que aparecesse na frente da tela estampava no papel, era uma febre. Logo depois veio minha primeira decepção. Fui proibido de imprimir em casa. A tinta acabava rápido e comprar um cartucho original novo era tarefa de economia de pelo menos um mês.

Mesmo depois de passar a usar a minha jato de tinta só para trabalhos exclusivamente escolares e só no modo de rascunho, ela ainda assim cismava em acabar mais rápido do que deveria. Imprimir nunca mais pensava comigo, mas era um mal necessário.

Mas, como a primeira impressão é a que fica, eu adorava imprimir, e quando saiu no mercado as primeiras impressoras a laser eu fiquei extasiado. Aquilo era divino! Rápidas como um pensamento, era só mandar imprimir e puf! Lá estava o que eu queria impresso em segundos.

E o melhor de tudo, chega de ficar em casa nos finais de semana para comprar cartuchos no fim do mês para imprimir trabalhos. Sem o custo das recargas quase bi-semanais, eu podia imprimir páginas e mais páginas. O custo por folha era ínfimo. Adeus jato de tinta!

Só tinha um “probleminha” técnico para um adolescente criativo em fase escolar, as cores. E como todos na época eu fiquei só na era cinza, esperando que o sol nascesse no horizonte das impressoras e eu pudesse ver folhas coloridas novamente.

Felizmente não demorou muito e graças as inovações tecnológicas, nossos admiráveis técnicos se lembraram das aulas básicas do primário e se deram conta que a luz é um composto de todas as cores e não só do preto e suas variações de tom.

Graças a isso podemos agora imprimir todas as cores na velocidade da luz. E sabe o que mais? São impressoras acessíveis ao bolso de qualquer um. Essa afirmação pode parecer estranha a princípio mas veja bem, pondo na ponta do lápis contas simples, como o quanto eu e você já gastamos por folha com as jatos de tinta, contra o custo-benefício de cada folha impressa a laser, só isso já basta.

Se você levar em consideração ainda a agilidade, fidelidade de cópia e o conforto das laser color, a comparação vira uma covardia. As laser color são infinitamente melhor.

Assim, depois de tanto tempo eu posso novamente voltar a imprimir toda a minha felicidade em folhas sem ter que me preocupar em ver a cor do meu dinheiro virar cinzas.

Originalmente postado Segunda, 14 de Maio de 2007 às 09:32 no blog SupritecNews

Habemos sanctum et prensa*

*Temos um santo e impressoras (latim)

Pouca gente sabe disso mas o fato de imprimir tem muito a ver com religião. E por sua vez todas os credos independente da eclesiástica sabem que imprimir é algo vital para sua religião. A grande maioria dos dogmas estão impressos em algum lugar, para que estes ensinamentos sejam repassados de geração em geração, seja em tomos como a bíblia e o torá ou em tópicos como as tabuletas do velho testamento.

Pegarei o catolicismo por exemplo, aproveitando a vinda do papa Bento XVI ao Brasil e conseqüentemente a Canonização de Antonio de Sant’Ana Galvão; o Santo Frei Galvão, primeiro santo brasileiro.

Para que alguém seja considerado Santo, são necessárias diversas etapas que são duramente pesquisadas e analisadas através de documentos impressos. A primeira destas etapas é a autorização por escrito de um bispo para começar a investigar as virtudes do candidato à santo.

Esta investigação não pode começar antes de 5 anos da morte desta pessoa, mas o Papa pode interceder e anular temporariamente esta regra como foi feito por exemplo para Madre Tereza de Calcutá e para o ex-papa Carol Wojtila (João Paulo II).

Depois que certa quantidade de informações são recolhidas, o candidato à santo recebe o título de “Servo Divino”. E o processo é transferido à Cúria Romana onde um postulador é encarregado de pesquisar a vida desta pessoa. Quando novas informações são reunidas, a congregação recomenda ao papa fazer uma proclamação das virtudes heróicas do Servo Divino que recebe o posto de “Venerável”.

Um Venerável não tem um dia no calendário, mas podem ser impressos santinhos ou qualquer tipo de material para encorajar os fiéis a rezarem para o Venerável interceder por seus devotos com um milagre. Se o Venerável for um Mártir, o Papa escreve uma declaração de martírio, que habilita o Venerável a ser beatificado.

No caso do Santo Frei Galvão, e de qualquer outro Venerável não mártir, é preciso provar que um milagre foi feito por interceção desta. Se for provado o Venerável passa para o posto de “Abençoado” e para virar Santo é necessário que se prove mais um milagre.

Geralmente curas milagrosas são as razões mais comuns para Santificar alguém, porém é necessário o reconhecimento documentado de vários médicos, reconhecendo que a pessoa estava realmente mal e que a cura e a recuperação milagrosa do paciente não pode ser explicada logicamente pela ciência médica.

Com ambos os milagres documentados o candidato recebe o título de Santo, um dia oficial no calendário e pode ser venerado em qualquer parte do mundo. Tudo isso graças a documentação no papel de seus feitos e autorizações por escrito analisadas à exaustão.

Originalmente postado Segunda, 14 de Maio de 2007 às 09:32 no blog SupritecNews

Do que é atitude



Atitude é uma palavra em alta nessa entrada de primavera-verão. Acho que a primeira vez que eu reparei na palavra atitude propriamente dita foi durante uma avalanche dessa palavra enquanto via Malhação na Globo. Juro. Tudo mundo falava de "Cê temquitê maix atchitudaê mirmão" e isso faz um tempo atrás já. Creio que em 1999.

Minha definição de atitude tem e não tem a ver com a cultura de massa difundida por essa e outras séries do gênero ou que pegaramcarona nele pelo menos. A atitude da molecada na época era de contravenção, ignorar ou deteriorar os bons costumes e aplicar o "do-it yourself". Filosofia Punk, básica, nada de novo no front comrades...

O interessante e o que me admira era a coragem e vontade de mudar de certas pessoas realmente por causa dessa nova onda. Efeito catártico amplificado pela revolução adolescente dos hormônios creio eu, mas que realmente deram frutos. Uma delas foram várias bandas de rock nacional entre elas aqui da região o Charlie Brown Jr e Aliados 13 que depois virou só Aliados.

Para mim atitude é qualquer coisa geralmente uma ação, mas pode ser também um sentimento ou idéia que retire seu planejamento do campo da inércia. É sendo mais simplista aquele momento que antecede o trabalho própriamente dito. E aí dentro disso você tem diversos tipos de atitudes.

O que eu acho engraçado e que eu refleti hoje novamente vendo um filme indiano é exatamente a motivação para se tomar uma atitude. Sempre é necessária uma crise, isto é de menor ou maior grau, mas sempre uma crise. Muito dificilmente obtem-se uma atitude sem haver uma crise. Acredito nisso pela simples explicação de Newton sobre a inércia. Um corpo parado continua parado até que algo ou alguém faça-o mexer.

E ouso dizer que tudo que nos falta nessa vida é ter mais e mais atitudes. Por a mão na massa propriamente dito. Concetrando-se para não errar mas se errar não se preocupar, tudo pode ser resolvido. Há muito mais tempo do que imaginamos temos disponível o ctrl+Z. Por vezes pode ser dificil desfazer, por vezes temos que refazer, mas qual o problema não é mesmo?

Confesso que tenho certo problemas de atitude, mais especificamente pela falta de atitude, muitas vezes eu me sinto preguiçoso, como se eu tivesse o tempo ao meu favor para fazer o que quiser quando quisesse. Meu medo era de colocar a mão na massa. Infelizmente eu preciso de grandes crises para me mover. Esse é o meu maior erro e já o identifiquei, falta agora uma atitude para mudar.

Bem, criar este blog é a primeira dessas atitudes. Eu descobri que um dos meus dons é a escrita então por que não utilizá-la para fazer o que gosto não é mesmo? Eu amo o que faço e reportá-las não é uma tarefa difícil, aliás posso dizer que no meu círculo de amigos fui um dos primeiros a efetivamente ter um blog como ferramenta social efetiva! Isso me enche de orgulho pois são atitudes que tive e deram certo.

Neste espaço ficarão minhas atitudes e opiniões sobre o mercado, meus trabalhos já feitos, visões sobre tendências gerais, interatividade e comportamentos. Este blog será um blog de atitudes, pequenas e grandes que ajudará vocês e ajudará a mim a entender melhor o mundo em que vivemos, a alma das atitudes que tomamos e muitas vezes e principalmente as que não tomamos.

Eu espero que com esse blog eu realize mais e cada vez mais e também que possa ajudá-los a realizar também.

Então... "O que é qui cê pricisa pra tomá uma atchitudaê mirmão" ?