Pergunte ao Google

tem a ver sobre...

terça-feira, 11 de maio de 2010

A Karen tinha razão...

E talvez mais perto do que você pensa. Pode até parecer tolo, mas é algo que estava até certo ponto ansioso para escrever e para falar a verdade sempre tive isso comigo, mas pessoalmente porque muito das minha idéias parecem que não merecem ser compartilhadas, mas como o blog é meu e u posso diser o que eu quiser então façam ouvidos a mim mesmo que quem sabe quando mais velho depois de atacado por uma síndrome alemã qualquer, como alzheimer ou parkinson, este documento não me faça esquecer.


Tudo começou na verdade há muito tempo com um episódio de uma série que eu amava na Warner, o nome original desta série é Step by Step e em português eu esqueci o nome, mas era com o Patryck Duff e a maravilhosa Suzanne Summers. No entanto o que me marcou foi a frase da gostosíssima Angela Watson que fazia o papel da gostosa burra e modelo "wanna-be" Karen.

Não me lembro bem, mas era sobre algo que alguém daquela família, acho que a Dana tinha cortado o cabelo bem curto e a perguntaram a Karen por que que ela não cortaria também, ela disse: - Nunca, nos meus cabelos está toda a minha personalidade! Essa frase me marcou.

Na época eu achei engraçado é claro, mas essas pílulas de ignorância pré-fabricada trazem uma verdade escondida que poucos sabem ver. Tanto é que minha filósofa favorita se chama Sabrina Sato. Refutei a idéia dos cabelos até, a personalidade é algo bem mais complexo que meros cachos ou mechas ou franjas, não é mesmo? Tsc tsc, a verdade é uma só. Nos cabelos estão todos os traços da personalidade.

E digo mais, se olhe no espelho.  Nos cabelos de todas as pessoas estão os traços de suas personalidades. São eles que dizem se você é prático, esportista, metaleiro, emo, mauricinho, chapado de dorgas, sei lá, infinitas variáveis. Isso é tão real que quando os cabelos das mulheres caem elas ficam extremamente preocupadas, mesmo que a calvície feminina seja um problema genético ultra-giga-raro.

Pessoas submetidas à quimioterapia então, nem se fala. Lembro da cena da Carolina Dieckman raspando o cabelo para interpretar o papel da sua personagem e a comoção dela e de milhares de pessoas por isso. Foi televisionado e talz e até marcante. Mas por que se importar tanto com meros pêlos que vão demorar no máximo 1 ano pra voltar ao normal? Tipo não é como perder um braço ou uma perna ou um rim.

Aliás, por que o cancêr faz cair o cabelo ao invés de deixá-los lindos? Por que o cancêr é uma doença maldita que definindo básicamente acontece quando uma célula do seu corpo revolta-se contra seu corpo e decide acabar com você corrompendo as outras células-irmãs. Isto é, uma célula sua, cria personalidade própria e decide rebelar contra você, então o que o cancêr faz? Destrói sua personalidade, isto é, destrói seus cabelos.

Desde muito tempo a Karen estava certa. Hoje eu li o artigo da Claúdia Matarazzo na AT Revista, o título dela é: Mais que o molde do rosto. Eu completo: Os cabelos são o molde da alma. A exteriorização da personalidade de uma pessoa são os cabelos. E mais, mudam-se os cabelos muda-se a personalidade.

O modo de prender, a cor que se pintar, se sujo ou limpo, o penteado a se usar, o comprimento, o volume, acessórios, enfim, tudo. Mulheres vão ao cabelereiro para sentir-se mais confiantes não é mesmo? Os homens mais confiantes fazem suas barbas com um barbeiro de confiança. Punks e sovinas como eu decidem cortar seus próprios cabelos. Falando por mim, minha personalidade altera-se severamente com cortes de cabelo.

Sei que quando estou confiante a coisa que eu mais gosto de fazer é raspar a cabeça na máquina. Geralmente uso a máquina 2, pois bate perfeito. Fico com um rosto mais limpo, destaca-se os olhos, me vejo um predador, um guerreiro, soldado, lutador. E as pessoas comentam isso também. Todas as vezes que decidi ir por caminhos novos ou precisei me aventurar em algo sem ter receio, meu cabelo estava assim.

Se preciso demonstrar elegância, refinamento, classe, nada me deixa mais confiante que meus cabelos mais compridos idealmente entre 3 a 6 meses molhados e penteados para trás. Sempre conquistei muito mais de mim mesmo e dos outros. Se o cabelo não deixa, uma barba aparada, mas ainda por fazer dão conta do recado. Com esse tipo de cabelo, muda a minha atitude.

Lembro que quando fiz as tranças enraizadas muitos me criticaram, mas foi a época que eu me senti mais atitude, feliz comigo mesmo. Era algo inovador. Pouca gente teria coragem de fazer e minha professora de Cultura brasileira (Beatriz Rota Rossi) que era a primeira a criticar, e ainda é, tudo o que é feio, me fez um elogio. Pessoas que eu não conhecia me paravam na rua para dizer como meu cabelo estava legal, onde foi que eu fiz e talz. Eu chamava a atenção e mantinha algo que eu gostava.

No navio eu tive a chance de praticar muito essas fisiologias capilares. Italianos com suas costeletas até a altura do lóbulo. Hondurenhos com cabelos raspados do lado e grandes em cima, Indonésios e seus moicanos comportados, Indianos e seus bigodes e etc. O mundo estava acessível e eu absorvi todas essas culturas.

De tempos em tempos eu propositalmente deixava um costeleta maior, o cabelo mais curto, a barba por fazer, cavanhaque. Eu era um coringa e assim era minha personalidade. Eu nunca era o mesmo e isso me lembrava a época do teatro onde eu era e podia ser quem eu escolhesse ser. Eu tinha sobre meu controle múltiplas personalidades. Tudo isso por que eu sabia manipular, por íncrível que pareça, meus pêlos.

Ainda hoje é assim. E digo mais! Quando estou feliz com meu corpo, antes de ir a praia eu dou uma aparada legal nos pêlos. TODOS eles. Geralmente uso a máquina 1 que deixa uma penugem curta, mas ainda mole. A Zero já testei várias vezes, mas dá problemas nas dobras, lugares sensíveis e machucam quando voltam a crescer raspando a pele. Correndo na praia cara eu sou o David Hasselhoff na abertura do Baywatch.

Por tanto é díficl 2 fotos minhas em momentos diferentes que eu esteja parecido e atualmente estou com um cabelo novo que nunca usei. Tipo os dos indonésios e seus moicanos, só que meu cabelo não está tão grande. Juro que me sinto diferente de quando estou com o cabelo raspado ou só mais longo.

Meu próximo passo, desejo antigo, é descolorir o cabelo, ficar loiro quem sabe. Todos que escutam essa idéia mais uma vez reclamam, desaprovam, acham idiotice minha, non-sense, coisa de criança ou louco. Escutando suas preces por vezes dou razão à eles, mas no fundo sinto que eles tem muito medo de não saber com esse cabelo qual vai ser minha nova personalidade.

Nenhum comentário: