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domingo, 11 de outubro de 2009

Tudo o que você queria saber sobre Suprimentos, mas tinha vergonha de perguntar

Falar sobre sexo é fácil atualmente, escreve esse termo no google que você receberá mais de 68.700.000 ocorrências em menos de 0,22 segundos. Dentre estas, os manuais mais completos sobre o assunto, isso só em português.

Agora escreve suprimentos e vê o que acontece? Vê se alguém explica como funciona sua impressora a laser? Porque o cilindro de cópia dura mais que o de toner?

Porque a folha sai quente? Por que as vezes ela sai abaloada? Como o pó de toner gruda no papel? Porque eu não uso o toner do compartimento de sobra para recarregar meu cartucho? E afinal de contas, de que é feito o pó do toner?

Bem, nesse artigo você vai descobrir isso tudo. Existem 7 passos básicos envolvidos no processo de impressão a laser: Rasterização, Carregamento, Gravação, Desenvolvimento, Transferência, Fusão e Limpeza.

Estes 7 passos são os mantras diários dos nossos técnicos da Supritec e serão explicados na forma mais básica possível (sim, porque tem muito mais!) para você entender cada passo, um a um.

1 - Processo de Rastreamento da Imagem

A impressão já começa na comunicação do seu PC com sua impressora laser. Cada linha de micropontos horizontais em uma página impressa é conhecido como rastro.

Para se imprimir uma imagem ou texto é preciso passá-la pelo Processador de Rastreamento de Imagens, (PRI ou RIP em inglês) tipicamente já imbutido na própria impressora laser.

O arquivo que você mandou imprimir pode ser codificado em uma variedade de linguagens de descrição como “Adobe PostScript” (PS) ou “HP Printer Command Language” (PCL), como também em informações somente texto não formatados. O PRI usa a linguagem de descrição de páginas para gerar um bitmap final da página na memória do rastreador.

Uma vez que a página inteira está gravada na memória de rastreamento, a impressora está pronta para começar o processo seguinte de mandar para o papel o fluxo de pontos em linhas contínuas, gerando assim a imagem rastreada (raster image data).

Isso se traduz nos momentos iniciais quando a impressora parece estar pensando antes de imprimir e na realidade ela está mesmo!

2 - Processo de Carregamento

A coroa de impressão, em impressoras mais antigas, ou o rolamento primário de carregamento nas mais novas, projeta uma carga eletro-estática no cilindro fotoreceptor, também conhecido como unidade fotocondutora, tambor, cinta fotosensível ou “drum”.

Ele é capaz de segurar a carga eletro-estática em sua superfície enquanto o ambiente estiver escuro, aplicando assim uma carga negativa no tambor fotosensível.

Algumas impressoras vem com o cilindro separado do cartucho de impressão, assim não é preciso trocar todo cartucho para se fazer uma recarga (muito mais econômico convenhamos).

3 - Processo de Gravação

Um feixe laser é emitido e apontado contra um espelho poligonal giratório que redireciona os raios através de um sistema de lentes e espelhos para o fotoreceptor.

A varredura a laser atravessa o fotoreceptor em um ângulo que a varredura passe também por toda a página. Enquanto isso acontece, o cilindro de impressão continua a rodar durante a varredura fazendo com que o angulo do raio laser compense o movimento.

O fluxo de data que foi previamente guardado na memória faz com que o laser ligue e desligue em nanosegundos criando pontos no cilindro.

Algumas impressoras espalham uma gama de diodos laser extendendo-se até a largura total da página, sinalizando ao fotoreceptor e seu temporizador a pré-marcação aonde no cilindro deve ser gravado.

Feixes laser são usados pois eles geram um fluxo estreito a longas distâncias com a mesma qualidade. O raio laser neutraliza ou reverte a carga nas partes brancas, deixando uma imagem espelhada de eletricidade estática na superfície do fotoreceptor, onde vão ser depositados o pó de toner. Desse modo o bitmap é gravado no tambor fotosensível.

4 - Processo de Desenvolvimento

A superfície com a imagem latente é exposta ao toner, que são pequenas partículas de pó plástico misturado com carbono preto ou agentes de coloração (no caso de toners coloridos).

As particulas de toner carregadas negativamente são atraídas pela eletroestática da superfície do fotoreceptor onde o laser escreveu a imagem latente. Como as cargas iguais se repelem, o toner não toca o tambor onde o laser não removeu a carga negativa.

O controle dos tons de cores se dá através da intensidade da voltagem aplicada no suprimento de toner. Assim que o toner carregado vai para a superfície do tambor, a carga negativa do toner previne que mais particulas se fixem nele.

Se a voltagem é baixa, só uma fina camada de toner é aplicada, se a voltagem for alta então é aplicado mais toner ao tambor, pois as partículas não tem força suficiente para impedir a transferência. Será usado tanto toner quanto necessário para que o equilíbrio se estabeleça.

Se configurado pelo usuário o uso do tom mais escuro possível, a voltagem pode ficar alta o suficiente para começar a aplicar toner em lugares do tambor onde antes não estavam definidos para serem impressos. O resultado é uma página com tons mais escuros onde deveria ser claro ou branco.

5 - Processo de Transferência

Nessa fase o fotoreceptor é pressionado ou rolado sobre o papel, transferindo a imagem. Impressoras mais sofisticadas usam um rolo carregado positivamente embaixo da folha de papel para garantir a transferência completa do toner do fotoreceptor para o papel.

6 - Processo de Fusão

O papel passa através de um conjunto de rolos de fusão que aplicam pressão e calor acima de 200º Celsius fundindo o pó plástico (toner) derretido no papel. O conjunto de fusor é geralmente composto de dois rolos; um tubo oco e o outro um rolamento de borracha.

A lâmpada de calor é introduzida no centro do tubo oco e a energia infravermelha é projetada dentro do rolamento, aquecendo todo ele de dentro para fora. Para que a fusão seja ideal, todo o conjunto precisa estar uniformemente aquecido.

Lembra daquelas impressões abaloadas, saindo fumaça e em que o toner não fixou bem no papel? Pois é. Culpa da umidade impregnada que provoca essas deformações nas fibras do papel ao ficar expostas a altas temperaturas e que não permitem que o toner se fixe corretamente.

A unidade fusora é tão potente que chega a ser responsável por mais de 90% do consumo de energia de qualquer equipamento de cópia e impressão.

O calor intenso gerado pelo conjunto de fusor é suficiente para danificar toda impressora, então naturalmente esta unidade está envolvida por uma série de ventoinhas que sopram o calor para fora do equipamento.

Você já reparou na função Power Safe? O sistema primário dessa função de economia de energia é justamente desligar o fusor e deixá-lo esfriar. Para voltar a imprimir é preciso esperar o fusor esquentar, antes de prosseguir a impressão.

Como isso pode demorar, algumas impressoras modernas usam metais extremamente finos e flexíveis, assim o tubo oco tem uma massa menor e pode ser rapidamente aquecido na temperatura operacional correta, agilizando o processo de impressão a partir do estado frio e permitindo que o fusor seja desligado mais vezes, economizando assim mais energia.

7 - Processo de Limpeza

Quando a impressão está completa, uma lâmina plástica eletricamente neutra remove o excesso de toner não aproveitado do fotoreceptor e deposita em um reservatório de toner usado, enquanto isso a lâmpada de descarga remove toda a carga elétrica contida no fotoreceptor.

Ocasionalmente o toner pode ficar depositado quando ocorre truncamento de páginas. Neste caso o toner está pronto para ser aplicado, mas a operação falhou antes disso. O toner então é descartado e a operação reiniciada do zero.

Qualquer toner descartado não pode ser reutilizado para imprimir pois ele pode estar contaminado com pó e fibras de papel. Para que a qualidade seja uniforme é necessário toner puro e limpo.

A reutilização de toner descartado pode resultar em áreas manchadas ou fixação incompleta do toner no papel no processo de fusão, desgastando ainda mais os consumíveis e disperdiçando o suprimento de toner.

Agora você entende o que acontece quando você recebe em mãos a sua impressão quentinha, o que talvez você não saiba é que essas múltiplas etapas ocorrem todas de uma vez só.

Fora que uma vez que o processo de rastreamento está completo, todos os outros processos de impressão podem ocorrer seguidamente de modo muito mais rápido. Já reparou que tirar 15 páginas diferentes seguidas de uma vez só é mais rápido do que imprimir em picadinhos?

Este sistema permite o uso de unidades muito pequenas e compactas onde o fotoreceptor é carregado, gira alguns graus em seu eixo e é escaneado, roda novamente e passa para etapa seguinte e assim por diante.

O processo inteiro muitas vezes pode estar completo antes mesmo que o cilindro complete uma volta completa, por isso o cilindro dura mais impressões que o cartucho de toner.

Pronto. Agora você sabe o básico que vem junto com as recargas e cartuchos remanufaturados da Supritec! O que está esperando? Peça sua recarga agora através da nossa central de atendimento - 0800 771 42 21

Originalmente postado Quinta, 2 de Agosto de 2007 às 16:14 no blog SupritecNews

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